A corrupção, além de ser inerente à natureza humana, disseminou-se indecorosamente pelo corpo social. Ultrapassa as linhas ainda existentes entre público e privado. E - pela impunidade reinante - não poderia ser diferente, globalizou-se.
Ato vil, é a corrupção tão antiga quanto a existência do ser humano na face da Terra. Conquanto não aceite a existência de Adão e Eva, da forma como tornou-se corrente, cito-a como lenda, admitida ao contexto. Nesse refrão, o primeiro ato de corrupção pode ser atribuído à serpente que seduziu Adão ao oferecer-lhe a maçã, como troca simbólica do paraíso pelos prazeres da carne, até então inexistentes.
Ao transpor a lenda para a realidade atual, não encontro muita diferença, porque vivemos uma época na qual a própria população considera "normal" a concessão de "determinadas benesses" ao agente público em troca de "favores oportunos". Daí para a degradação e convulsão social... é só mais um passo.
Falta-nos Educação e Civismo, indicadores eficazes dos graus de corrupção detectáveis em quaisquer estruturas sociais.
Rio de Janeiro, 6 de novembro de 2011 - 9h30
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
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