sexta-feira, 1 de julho de 2011

Insone ou Notívaga?

Costumam perguntar-me se sofro de insônia. Respondo: não, apenas sou notívaga, por excelência. Recuso-me a perder a criatividade que a noite me oferece. A leitura e a escrita - poética e/ou científica - devoram minha madrugada e o mesmo acontecia quando me dedicava à pintura. Também, sempre fui melhor professora à noite. Ah! Que teatro!!! Certa vez uma aluna do horário matutino "reclamou" que eu me enfeitava mais para ministrar minhas aulas à noite. Coisas assim...

Como em tudo, existem os rótulos sociais. Se troco a noite pelo dia, é porque sofro de solidão, ou coisa parecida. Sempre, situações trágicas. É mais fácil aceitar os iguais. A diferença incomoda, mesmo.

Recuso-me a ingerir qualquer remédio que me leve ao sono noturno. Não há necessidade, pois sou mulher com indícios de gata - se me recostar, adormeço. Apenas, possuo mente noturna. Quando em atividade profissional, essa situação causou-me desgaste físico, que não podia evidenciar a terceiros... Agora, não. Sou dona de mim, das minhas noites, dos meus dias e das minhas vontades.

Prossigo, notívaga.
Igual? - Somente quando estou fora do normal.

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2011 - 11h50
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz

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